domingo, 26 de julho de 2009

Entrevista com a banda: DZK

Sua formação inicial separou-se em pouco tempo de ensaio. Após várias tentativas com componentes vindos de outras bandas, conseguiu se firmar participando de alguns shows por todo o Brasil. Gravou uma música no disco "O começo do fim do mundo", de 1982, no 1º festival punk da história do país. Nessa época a banda tinha o nome "Decadência Social". Já como DZK, veio a participar de uma coletânea , o "Ronda Alternativa",que era o nome de um programa de Punk Rock da Rádio Clube de Santo André - hoje Rádio Trainon AM - em meados da década de 80, com a música "Juventude".
Essa formação também não durou muito. Após dois anos de parada, restou somente o baterista Makarrão. Tentando a todo custo remontar a banda, colocou anúncios nos jornais, lojas de discos, etc. Surge assim Barata, ex-vocalista da extinta banda Desespero, que vinha tentando se firmar numa banda com os mesmos ideais. Desde então os dois juntos batalharam outros componentes e eis que surge Charuto, que destacou-se pela vontade de tocar, ocupando a o baixo. Pela banda passam vários guitarristas. Em 1992, são gravados 2 compactos duplos, tendo Barão na guitarra. No ano seguinte, as gravações dos dois compactos são relançadas no 1º LP do DZK,"De geração para geração, eternamente punk". O disco também traz seis gravações inéditas, com a participação de Chileninha, guitarrista da banda na época.
Em 1994, Chileninha sai do grupo e a formação é fixada com a vinda do guitarrista Flexa, que já curtia o DZK e freqüentava seus ensaios. Em dezembro de 2000 é lançado o segundo trabalho, o CD "Imperialistas".
Em fevereiro de 2004, Flexa anuncia sua saída definitiva. Boka, baterista do grupo Paranóia Nuclear, que de vez em quando assumia algum instrumento quando seus titulares ficavam impedidos de tocar, é convidado e assume o posto de guitarrista a partir de junho de 2004.
Em dezembro de 2005, a banda participa da coletânea "Avisâo Final - 15 anos", com as músicas "Pedido a Natan (radio version) e "Quebre o Muro". No segundo semestre de 2006, foi lançamento do novo CD, "Fui Punk a vida inteira".
E o CD mais recente e o tributo ao DZK que conta com 27 bandas do ABC Paulista.

Entrevista feita via e-mail com o Barata (vocal DZK)

Como nasceu a banda DZK e onde??
DZK nasceu no inicio dos anos 80 e antes se chamava os "Troços" antiga banda do Makarrão os punks fedo do ABC em Santo André onde estamos aqui até hoje.
Como surgiu o nome da banda??
R: O nome da banda surgiu com o final do Decadência Social e os antigos da formação deixaram só a musica dai o Makarrão então resolveu formar o nome DZK Dizikilibriu Social.
Em quem vocês se inspiram ??
R: Hoje não espiramos em nada mais no passado era The Clash, Sex Pistols, depois nós já procurávamos nos anos 80 escutar um pouco de bandas Brasileiras era "FAÇA VOCÊ MESMO " aqui ouvíamos Garotos Podres, Ulster ABC.
Falem sobre o que quiserem!!!
R: FRASE-" Se todos derem as mãos quem sacara as armas !"
Fale um pouco do CD (Fui Punk) lançado setembro de 2006 e por que esse nome??
R: Fui Punk... Custou e demorou 6 anos pra ficar pronto guitarrista, grana, banda, shows e etc... É que muitas bandas eu sempre ouvia falando, que nós não somos mais uma banda punk!!! aqui em São Paulo dai resolvemos lançar um tema polêmico fui punk a minha vida Inteira e sempre seremos uma banda punk no mesmo estilo em 28 anos de historia.
Como foi gravar o LP o começo do fim do mundo com a banda ainda chamada Decadência Social??
R: Não tinha banda no ABC que estavam no festival então revolvemos entrar "Nós somos ABC" pois havia muita briga na época por causa de regionalismo aqui, mais depois do show a banda acabou e o Makarrãos resolveu montar o DZK o único da formação original até hoje.
O CD mais recente é o tributo DZK, quantas bandas fazem parte dele e aquis são !!
R: Tributo são 27 bandas ABC SP e interior são também fãs da banda e o CD DZK fecha com "Quebrem o Muro" pois em 2005 ela foi feita para o tributo que só foi lançado 3 anos CD depois pelo xinez (excomungados)
Olhando do inicio do punk, no final dos anos 70 , vocês acham que a o movimento punk mudou ??
R: Mudou com a tecnologia e seu dia-a-dia hoje o punk trabalha mais, forma seu próprio selo, seu próprio programa de radio (Como o Rota 77 Barata) via net e traz bandas de fora para tocar no Brasil é bem independente.
O que a banda busca no momento??
R: Se manter vivo a cena punk hoje como nós que com quase cinqüenta anos Pais e Avos também ainda estamos aqui queremos que a juventude continue em nosso lugar meu filho mesmo também tem uma banda punk mas toca bateria e se influenciou no pai Barata.
Gostamos muito de fazer shows no interior em breve estaremos ai com um show exclusivo que estamos fazendo aqui também com 11 das bandas do tributo vejam site www.bandadzk.com bandas como FDS, Pátria Armada, 88Não!!(criadora tributo), Papa Nicolau, CSP, Excomungados, Esgoto, Paranoycos(Português)

Integrantes:
BARATA-VOCAL
MAKARRÃO-BATERIA
CHARUTO-BAIXO
BOKA-GUITARRA

Contatos com a banda:
Site: www.bandadzk.com
E-mail: dunga@bandadzk.com

Entrevista com a banda: Inocentes

O Inocentes nasceu em agosto de 1981, formado por três ex-membros do Condutores de Cadáveres, banda punk que durou de 1979 a 1981, Antônio Carlos Calegari (Guitarra), Marcelino Gonzáles (Bateria) e Clemente (Baixo), este o mais experiente já havia tocado no Restos de Nada, uma das primeiras bandas punks paulistana que ajudou a fundar em 1978, junto com Douglas Viscaino, os três chamaram o novato Mauricio para assumir os vocais.
Não demorou muito tempo para o Inocentes se destacar na cena paulistana, e ser convidado junto ao Cólera e ao Olho Seco para participar da Coletânea Grito Suburbano, o primeiro registro sonoro de bandas punks brasileiras, lançado pelo selo Punk rock discos em 1982.
Em 1982 já com o novo vocalista Ariel Uliana Jr. participam da coletânea O começo do fim do Mundo no Sesc Pompéia em São Paulo que foi gravado ao vivo e lançado em coletânea no ano seguinte.
Em 1983 gravam seu primeiro LP chamado Miséria e Fome que tem 10 de suas 13 musicas censuradas e acaba virando compacto Miséria e Fome.
Em 1984 mudam e formação passando a tocar com Antonio Parlatto, o Tonhão na bateria, Ronaldo dos Passos na guitarra e Clemente no Baixo e nos vocais, em 1986 contratados pela Warner gravam o mini LP Pânico em SP, em 1987 lançam o LP Adeus Carne.
Em 1989 lançam o LP intitulado Inocentes, produzido por Roberto Frejat, foi um processo de trabalho um tanto confuso onde ocasionou a saída de Antonio Parlatto e Ronaldo dos Passos da banda, sendo substituídos por César Romero na bateria e Mingau no Baixo e por fim a saída da banda da Warner.
Em 1992 lançam um disco quase acústico pelo selo Cameratti chamado Estilhaços, em 1994 lançam pelo selo Eldorado o LP Subterrâneos e neste mesmo ano no dia 10/05 fazem o show de abertura da turnê do grupo Ramones já com Calegari voltando a banda desta vez no baixo no lugar de Mingau.
Em 1996 lançam seu novo trabalho intitulado Ruas já com Anselmo Guarde no Baixo e Nono na bateria, em 1998 lançam o trabalho Embalado a Vácuo, em 2001 lançam um trabalho gravado ao vivo no Sesc Pompéia denominado 20 anos ao vivo.

Entrevista feita via e-mail com Clemete (vocal)


Quando começou a banda e onde??
[clemente] O Inocentes começou em 1981 na zona norte de São Paulo, na Vila Carolina.
Onde surgiu o nome da bandas ?
[clemente] O nome vem de um poema do poeta punk John Cooper Clark, chamado Innocents, que foi musicado e declamado pelo próprio numa coletânea inglesa chamada Streets de 1977.
O que a banda busca no momento?
[clemente] Estamos terminando nosso primeiro DVD, compondo músicas novas para um trabalho de inéditas, já lançamos um single virtual via Coolnex Card, onde as pessoas tem um card com um pin code que dá direito a baixarem legalmente nosso música na net. E se quiser baixar direto é só ir na nossa página no myspace/inocentes, estamos buscando o que toda banda busca, gravar e fazer shows.
Porque escolher tocar punk Rock ?
[clemente] Eu não escolhi, comecei a tocar em 1978 e descobri que o que eu fazia era punk, só queria tocar como as bandas que eu gostava, MC5, Stooges, New York Dolls.
Como foi gravar a coletânea Grito Suburbano com grandes bandas ícones punk brasileiras?
[clemente] Foi legal, aliás ninguém era ícone quando gravamos o disco, éramos apenas bandas que tocávamos juntas e fazíamos uma cena.
Em qual banda vocês se inspiraram ?
[clemente] Em várias, de Chuck Berry a The Clash, de Made In Brasil a Dead Kennedys.
O que vocês a acharão da banda titãs ter gravado a musica rotina?
[clemente] Achei legal. Eles deviam essa, fomos influência para o Cabeça Dinossauro e eles nunca falaram nada, foi uma forma de se redimir.
Como surgiu a musica não acordem a cidade ?
[clemente] Surgiu em 1979 em andanças pelo centro decadente da Cidade de São Paulo, que aliás começava a ficar decadente e a surgir os personagens que hoje são comuns, como as crianças de rua, travestis, prostitutas. A música ficou guardada alguns anos, era da época do Restos de Nada minha primeira banda, mas só acabou gravada pelo Inocentes em 1986.

Contados com abanda:
e-mail: runawayrec@hotmail.com
My space: www.myspace.com/inocentes
Site: www.inocentes.com.br

Luta de classes, proletário e o movimento Punk. (11ª Edição)

Este texto é mais um olhar critico ao movimento punk brasileiro, jamais generalizando, pois no Brasil uma parte dos punks tem uma consciência sobre a luta de classes. E essa consciência vem crescendo a cada dia, claro que no movimento redpunk esta luta já estava no sangue desde sua criação, mas ainda muito são os punks anarquistas e anarcopunks que não priorizam esta luta.

Tenho plena e gozo de consciência, de que a luta longe do povo, é uma luta inválida, quem não luta para o bem do proletário e a destruição da burguesia, esta perdendo tempo levantando o moicano. A luta de classes nada mais é que a luta da classe baixa proletária e a burguesia e patronado, sabemos que esses parasitas sugam todo nosso suor do trabalho 5/6 vezes por dia, trabalhamos muito, e ganhamos muito pouco, tenham a consciência de que,quando se tem 18 anos ou se é muito jovem, eles se aproveitam disso e pagam menos ainda, não há oportunidades de emprego para quem termina os estudos e não há possibilidade de cursos técnicos para todos. Imagine que você trabalha numa montadora de carros, cada carro custa 50 mil reais, por exemplo, e desse carro vendido você só ganha 800 reais de salário, e 20 mil reais vai pro bolso do patrão e o resto os custos de empresa. Você acha justo que seu patrão ganhe muito mais que você, que esta lá suando enquanto ele fica sentado numa sala de ar condicionado? O trabalho é a coisa mais importante para o ser humano, sem o trabalho o mundo para, nada funciona, sem o trabalho não há produção de alimentos, e o mundo morre. Devia ser um objetivo e dever preciso do punk em geral, cuidar para que trabalhadores não morram de fome com suas famílias, cuidar para que não haja mais patrões, que tudo seja coletivo, que o que o trabalhador ganhe seja igual ao que ele trabalhou e o custo da venda do produto. E tudo seria dividido entre todos os trabalhadores que estavam com ele, não com uma pessoa só. Uma grande injustiça, o patrão com vários carros importados, e o empregado esperando horas um ônibus que sempre vem lotado e atrasa nos engarrafamentos, malmente com o dinheiro da condução. É injusto que o filho do patrão estude nas melhores escolas particulares, enquanto o filho do empregado tenta estudar em escolas públicas precárias, abandonadas pelo governo, porque filho de político não estuda em escola pública, é injusto que o trabalhador da construção, que faz prédios de luxo para a burguesia, more em barracos ou de aluguel, porque não há moradia digna para ele. É injusto trabalhar os 4/5 meses do ano para pagar imposto. Já passou da hora dos braços se armarem, das bocas se abrirem e da massa se juntar. O punk deve estar unido com o trabalhador por que ele tem uma força e poder enorme, sem o trabalhador, a burguesia tem uma parada cardíaca, se um dia o trabalhador não aceitar mais o salário de fome e as injustiças do patronado, o mesmo patronado começa a se destruir por dentro, é um efeito poderoso, mas para isso é preciso que todo trabalhador tome consciência desse poder que esta dentro dele, e caba a nós punks de classe, tirar a venda dos olhos deles.

Todo poder a classe operária, toda batalha contra a sua exploração!

PUNKS FOR WORKING CLASS

Por: Plebe Dimitrius

Cinema e Anarquismo. (11ª Edição)

Os filmes Anarquistas são de extrema importância para seus adoradores do assunto, com isso criam uma referência maior no conhecimento, e na formação através do audiovisual.

Com uma definição simples podemos, entender que o anarquismo é uma organização da sociedade onde não haja nenhuma forma de autoridade imposta.

O assunto Cinema e Anarquismo são poucos estudos nos dias de hoje, sendo que as produções autorais independentes referentes ao assunto, existem em vários países, sendo distribuída pela net ou pelos festivais.

São bem variados os gêneros como, filmes de arte, política, social, drama, documentário, experimental, com isso podemos ter referencias fundamentais para conhecermos a linguagem do audiovisual, e o principal, a buscando os valores sociais do movimento anarquista.
Todavia, vamos dar exemplo de algumas produções que foram realizadas mundialmente.

"Blank Generation", média-metragem de Amos Poe, de 1976, o Longa-metragem "Geração Punk"(79) Dirigido por Ulli Lommel, ex-colaborador de Rainer W. Fassbinder, Geração Punk tornou-se cult no final dos anos 1970, Reuniu o ícone da pop arte Andy Warhol e a banda chave do movimento punk de New York, Richard Hell.

Destacam-se ainda o filme de ficção "Sid & Nancy" (86), de Alex Cox, sobre o relacionamento de Sid Vicious baixista da banda e sua namorada não menos junkie Nancy Spungen, também documentário inglês, "O Lixo e a Fúria", de 2000, dirigido por Julien Temple, os dois filmes relatam a historia da banda inglesa Sex Pistols.

Outros importantes filmes, como, "Jubilee" (77), de Derek Jarman; "Rock'n'Roll High School" (79), com os Ramones; "SLC PUNK" (98), filme independente dirigido por James Merendino, "Repo Man - A Onda Punk" (84), "the End of Century" (03), "The Punk Rock Movie" (92), "Squatting" (09) por Larisa Matteissen, o documentário "Potencialidade do Céu Tempestuoso" e "Rude Boy" (80), que aborda o caos social inglês da época sob a perspectiva de um punk que se tornou roadie do Clash.

Também temos, "Love You More” (07), de Sam Taylor um curta-metragem inglês de 15 minutos, que conta a trajetória da banda The Buzzcoks, o longa "Eviannaive" (04), de Verena Vargas, "Punk Kebab" (77) de Pedro Rojas este maravilhoso vídeo captou perfeitamente o espírito Anarco-Punk dos anos 70, do Canadá vem "Punks São Legais" (foto) (06) de Douglas Crawford. Na América Latina temos um longa interessante que vem do Chile, "La Rebelion de Los Pinguinos" (07), de Simon Bergman documentário de manifestantes.

No Brasil, temos o vídeo "O Começo do Fim do Mundo", com imagens do seminal festival punk ocorrido no Sesc Pompéia em 1982, no curta "Rock Paulista" da diretora Anna Muylaert, outros curtas-metragens, o documentário "Punks" (84), de Sarah Yakhni e Alberto Gieco, que capta, em 40 minutos, o movimento a partir de um grupo de jovens feito em 16 mm, em "Punks" (83), de David Cardoso um vídeo de ficção de 25 minutos, na animação do diretor Daniel Madureira "O Coelho", curta de Fernando Meirelles "Garotos do Subúrbio", "Punk molotov" de João Carlos Rodrigues, de 1984/5.

Um dos mais comentados trabalhos de documentários do movimento Punk no Brasil, foi o "Botinada" do musico, apresentador, escritor e documentarista Gastão Moreira, no filme tem relatos das bandas brasileiras do movimento, recentemente foi lançado o documentário "Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão" , na direção, dobradinha de Marcelo Appezzato, vocalista da banda HUTT, e Fernando Rick, que dirigiu Covardia de Plantão, videoclipe do Ratos de Porão censurado pela Deckdisc, neste trabalho conta um pouco do quase 30 anos de Ratos de Porão.

Outro trabalho interessante, foi o "Ascensão e Queda de Quatro Rudes Plebeus" (83), filmado em super-8 e dirigido pelo baterista do Plebe Rude, Gutje Woortmann, ganhou o prêmio de melhor filme experimental do Festival de Brasília ao mostrar os integrantes da banda a criticar o mercado fonográfico a os grupos que a ele se submetem. Recentemente assisti um excelente vídeo-curta "O Punk Morreu?"(08), realizado pelo Movimento Anarco Punk. "Punks 1983" (83), e "The Day the Country Died" documentário inglês sobre o movimento anarco-punk.

O diretor suíço Oliver Rihs surpreende o público com seu filme independente sobre Berlim é uma comédia, Schwarze Schafe (Ovelhas Negras, em português), vida do anarquista Lucio Urtubia é transformada em filme - "Lucio", Trata-se de um documentário espanhol o filme é dirigido por Jose Mari Goenaga e Aitor Arreg. "Burning Down the House: The Story of CBGB", é o nome do documentário da diretora Mandy Stein, que revive a paixão suscitada pelo clube fechado em 2006 em função de uma disputa sobre o aluguel da casa, após 33 anos em funcionamento. O ex-vocalista da banda punk The Clash, Joe Strummer, é tema de documentário de Julien Temple, amigo íntimo do vocalista, "Joe Strummer: O Futuro Está para Ser Escrito".

Neste ano foi realizado a Mostra "Cinema Anarquista durante a Guerra Civil Espanhola", promovida pelo Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação do Instituto de Artes (IA) da Unicamp. Forma exibidos clássicos do anarquismo espanhol, raridades maravilhosas e de imagens fundamentais, em negrito esta todos os filmes exibidos na mostra, o ano e a direção, Aragon trabaja y lucha (36) direção:Manuel P. de Somacarrera, filme documental sobre a vida de vilas na região de Aragon ocupada pelas forças anarco-sindicalista, Aurora de esperanza (37), produção de Antonio Sal. Barcelona, Em la brecha (37) direção:Ramón Quadreny, conta o dia de um operário militante da Confederação Nacional do Trabalho (CNT) e os ideais que este sindicato manteve sobre a organização da produção em uma sociedade revolucionária, Barrios bajos (37) direção: Pedro Puche,La silla vacía (37) direção:Valentiín R.González , o filme mistura

documental com ficção, é a história de um jovem sentando na varanda de um café que, comovido ao ver mutilados de guerra, se alista nas milícias que lutam na frente de batalha de Aragon, Nuestro cuplable (37) direção:Fernando Mignoni, Comédia delirante,o filme questiona o poder e a autoridade, denuncia a ganância capitalista e ridiculariza a justiça burguesa, Carne de fieras (36) a montagem desse filme não foi finalizada no período, ele foi recuperado pelo cineasta e restaurador Ferrán Alberich para a Filmoteca de Zaragoza, mantendo-se o roteiro original, diretor original, Armand Guerra, havia fundado em Paris, em 1913, a cooperativa Cinema du Peuple e também realizado um filme sobre a Comuna de Paris. Barcelona trabaja para el frente (36) direção:Mateo Santos. Documentário, Nosotros somos así! (36) direção:Valentin R. Gonçalvez, El frente y la retaguardia (37) direção:Joaquín Giner,La última (37) direção:Pedro Puche, Otro futuro (89) direção:Richard Post, a partir de imagens de arquivos e de depoimentos de sobreviventes da Guerra Civil Espanhola, emerge um fascinante documentário sobre a aventura libertária na Espanha, o filme explora a experiência de auto-gestão dos anarquistas e mostra as diferenças com o comunismo ortodoxo e com os valores do franquismo: abolição do dinheiro propiciando troca de mercadorias e serviços, aborto livre e gratuito dentro do processo de libertação das mulheres, educação laica, etc. Também, não podemos deixar de citar a Mostra de Cinema Autônomo.

Pelo nonagésimo ano consecutivo aconteceu entre os dias 24 e 26 de abril, em Chigago, no Hull House Museum, o mais importante festival no gênero no mundo, o 9º Festival de Filmes Anarquista de Chicago (CAFF), apresentando uma mostra de filmes vindos das mais diversas fontes e lugares, clássicos redescobertos e trabalhos de diretores de cinema engajados em mudanças sociais com uma visão e sensibilidade anarquista.Grande parte da

mídia mundial lança vários ataques que distorcem, desacreditam e negam o/as anarquistas completamente. Contudo, cada vez mais, anarquistas e seus pares respondem com uma implacável saraivada de imagens e histórias mundo afora, que revelam, revivem e tonificam uma rica presença anarquista na sociedade. Alguns filmes exibidos no festival, The Angry Brigade Gordon Carr(73),Shutdown:The Rise & Fall of Direct Action to Stop the War DASW(09),On the Verge:The Smash EDO campaign Schnews(08),Love Revolution, Not State Delusion, Homotopia Chris Vargas, Eric Stanley, (06),Ethel MacDonald: An Anarchist’s Story Mark Littlewood(06),Boom or Bust Guerrillavision (00),Get Rid of Yourself Bernadette Corporation(03),Infiltrating the Underground Michael Pino, Paper Tiger Television (08),No Media Kings(07).

Em vários trabalhos aqui citado, foram realizados em vários formatos em película (35 mm, 16 mm, Super-8), vídeo, Beta, Mini-dv, Hdtv, entre outros, mas por que estou falando dos formatos, é por que existem vários vídeos sendo realizados em celulares, e fora dos on-lines, que estão à disposição para assistirmos e baixarmos na rede. Viva a mídia Independente, Viva o Cineclubismo, Viva o Cinema do PENSAR.

Por: Paulo Ernesto A. Rodrigues

Cineclubista, Fanzineiro, Ativista Cultural, Poeta Marginal, Cineasta Independente, Documentarista, Performancer, Membro do Ponto de Leitura-Biblioteca Comunitária Waldir de Souza Lima – Itu, Fundador do Cineclube Osvaldo de Oliveira, Estudante de Fotografia, Diretor e Ator de Teatro Amador, Vice-presidente da Federação Paulista de Cineclubes, Pesquisador de Cinema em Itu, Produtor Cultural, Criador da 1 Expozines de ITU.


O que é a F.A.P ?? (11ª Edição)

A F.A.P, é a Federação AnarcoPunk, atualmente presente em muitos países (Espanha, Venezuela, Japão,Estados Unidos, Polônia...), e a única presente no Brasil. Somos jovens da periferia e do suburbio, orgulhosos de nossa classe, punks, anarcopunks, red/anarcho skins, estudantes, vegans, entre outros. O inconformismo e o antifascismo, e acima de tudo, a classe proletária, trabalhadora. A cena anarcopunk aqui começou nos anos 80, com muitas bandas e muitas pessoas,e no final dos anos 90 começou a perder força.Viemos hoje resgatar uma cena que há muito tempo em Salvador estava quase acabada,havia muitos punks anarquistas e anarcopunks, e que com o marasmo do tempo, foram saindo da cena, levando a cena anarcopunk de Salvador ao fim. Com isso, muitos punks ficaram dispersos e sozinhos, sem apoio de luta, e até sem vontade de continuar na batalha. No Ano 2000 adiante, foram surgindo novas pessoas na cena, com um modo de concepção do que é o punk mais apurado, invocando o proletário e a luta anarco-comunista/sindicalista, até então essas idéias no começo do punk nos anos 80 aqui em Salvador era totalmente desconhecida, era apenas o anarquismo puro, sem adjetivos, sem esqueçer do punk. No final de agosto do ano de 2008, por conversa de alguns camaradas, nasçe a Federação AnarcoPunk-SSA/BA. Escolhemos este modelo por que ela é livre de sectarismo e lá fora há muitos camaradas nas grossas fileiras lutando sem descanso. A idéia de implantação dela do Brasil já estava planejada há dois anos. Nós da FAP estamos sempre estudando, e abrindo nossas mentes, entendemos que, estudar o anarquismo, a revolução e tudo relacionado é sempre muito bom, somos punks que estamos sempre estudando apesar do árduo trabalho, como dizia Ernesto Che Guevara "Estudo, Trabalho e Fuzil". Lutamos por uma sociedade onde as pessoas adquiram todo conhecimento possível, pois a maior revolução de todas começa de dentro, vemos que a educação, tanto libertária quanto a educação comum é importante para o povo,é impossível uma revolução onde as pessoas não saibam pelo que lutam ou nem se quer saibam escrever ou expressar suas idéias corretamente. Todos juntos, lutaremos por um ensino de qualidade, por uma educação sem segregarismo racial ou cultural para nós, longe de princípios burgueses.No Anarquismo, aprender e ensinar é muito importante. Temos o Comunismo Libertário (Anarco-Comunismo)/Socialismo Libertário (Anarco-Socialismo) com oideologia, prezandopelo coletivismo, baseado em Bakunin, Carlo Cafiero e Piotr Kropotkin entre outros pensadores. Escrevemos nossas idéias também, para que possam ser aplicadas nos dias de hoje. Levantamos a gloriosa 3 setas circulada, símbolo maior do antifascismo, que invoca a união entre todos para lutar contra o Racismo, Machismo, Sexismo, Nazismo, Nacionalismo, o Capitalismo e o Estado e suas formas escambrosas de opressão e preconceito. A luta antiautoritária sempre esteve presente no anarquismo, e fazemos questão de carregar em nossas veias. Sobre o punk, sabemos que nascemos do desemprego, e por isso é uma obrigação nossa atuar ao lado da classe trabalhadora, pensamos também que o visual sempre esta em último plano, e que ele não vale nada se não vier com a ideologia e boas idéias para com todos. Somos punks livres de todo dogmatismo e toda ignorância que habitava no movimento aqui no Brasil, e que em muitos lugares ainda habita discaradamente, estamos nos referindo aos punks que usam o visual e uma tal de "anarquia", totalmente deturpada, para usar como artificio de ganguismo e violência com os outros e com outros punks, rejeitamos toda e qualquer associação com ganguistas ou formas de ganguismo, rejeitamos toda e qualquer violência com os que desejamos lutar junto com nós, estamos de braços abertos a esses camaradas e estamos de punho sempre fechado aos borra botas reacionários. Punk não é uma brincadeira ou um lugar para extravasar violência gratuita. Somos nulos de qualquer tipo de sectarismo que segregue pessoas para lutar em nome de nossa causa, como é comum nas FAP’s de outros países, estamos apoiando a R.A.S.H. (Red and Anarchist Skinheads/Skinheads comunistas e anarquistas), sabemos que há punks nesse coletivo, principalmente em Bogotá (COLETIVO PUNK RASH formado por anarcopunks, punks anarquistas, punks comunistas e skinheads comunistas e anarquistas). Rejeitamos qualquer opinião da mídia, pois a mesma tenta impor na cabeça do povo (e da maioria dos punks) que todos os skinheads são nazistas ou carecas do Brasil, estes, Carecas do Brasil e Boneheads jamais foram skinheads e nem serão, não passam de borra botas que usam a violência gratuita para propagar a xenofobia, o racismo e a homofobia, desses indivíduos nós queremos total distância e juntos iremos combatê-los nas ruas, explulsando-os de nossas cenas. Assim como os nazis e fascistóides foram exterminados de Bogotá pelos diversos coletivos de agrupamento da juventude antifa. Temos o trabalho também de unir nossa juventude para o bem comum de nossa classe e nosso repudio a esse sistema e Estado assassino. Punks, AnarcoPunks ou R.A.S.H.’s, aqui, de moicanos ou não, de suspensórios ou não, iremos lutar até o fim contra todo esse lixo capital. Uma revolução não se faz com bandeiras e sim com pessoas. A juventude antifascista caminha lado a lado, contra a pátria e contra o estado. Por fim, abertos para qualquer um que simpatize com nossa causa, que queira derrubar o estado com a gente, lutar sem parar, pois sozinhos ainda somos poucos, vamos nós unir pois no mundo somos muitos.

Declaração Universal dos Direitos Humanos (11ª Edição)

Artigo 2

I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3

Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Use a lei contra o estado das coisas!!!

Obama mantém política de tortura e violações dos Direitos Humanos da era Bush. (11ª Edição)

No dia 16 de Abril de 2009 o Departamento de Justiça dos EUA liberou quatro memorandos secretos utilizados pela adminitração Bush para justificar a tortura. Esta ação veio acompanhanda da palavra do presidente Barak Obama que assegurou a CIA que não vai perseguir aqueles que seguiram as instruções para praticar tortura durante a administração Bush. Além disso Obama posicionou-se contrário a proposta de criar uma comissão para investigar quem autorizou a prática de tortura, criando um clima de impunidade no governo estadunindense.

Outro fato que causou indignação foi a mudança de opinião em relação a liberação de mais de duas mil fotos de abusos de prisioneiros cometidos pelo exército estadunindense em Abu Grhaib (prisão dos EUA no Iraque). Cerca de uma semana depois de declarar que as fotos seriam liberadas o presidente voltou atrás argumentando que o conteúdo das fotos poderia colocar as tropas no Iraque e Afeganistão em risco.

Existem pelo menos 27 prisões dos EUA espalhadas pelo mundo com cerca de 27.000 prisioneiros. Atualmente a prisão de Guantanamo possui 270 presos, o que significa que 99% dessas pessoas não estão em Guantanamo. É provável que em todas as prisões há a prática de tortura, já que os memorandos aconselhavam que tais práticas fossem feitas fora do território nacional para não serem condenadas pelas leis dos EUA. Há também relatos de presos que comprovam o uso de tortura nessas prisões, como o caso de Binyam Mohamed que esteve preso em Marrocos (antes de ser transferido para Guantanamo) onde foi torturado. Mohamed teve suas genitais e peito cortados por giletes.

Retirado do: www.midiaindependente.org

sexta-feira, 26 de junho de 2009

1º de Maio dia do TRABALHADOR !!! (10ª Edição)

Pelo contrario do que vemos hoje, o dia do trabalhador não deve ser comemorado com festas, shows e brindes, o primeiro de maio deve ser um dia de luta e de luto, mais poucas pessoas sabem a real idéia de que esse dia representa, muitos acham que o primeiro de maio é só mais um dia para fica em casa descansando.
O primeiro de maio teve origem na luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho para 8 horas por dia. No dia 1 de mais de 1886 ouve uma greve geral em Chicago pelas 8 horas pois na época a carga horária era de 15 horas por dia para homens, mulheres e crianças, sem contar que os locais de trabalho eram extremamente inadequados para se trabalhar por falta de iluminação e pelos locais serem muito sujos, sem falar que na época não avia assistência medica ou aposentadoria, ou seja, o básico para o bem-estar do trabalhador não existia.
No dia 4 de maio (que foi a continuação do protesto que avia ocorrido no dia 3 de maio que acabou matando seis manifestantes por uma repressão de aproximadamente 200 policiais) na Praça Haymarket um enfrentamento entre trabalhadores e policiais que ocorreu após a explosão de uma bomba (que não se sabe se partiu dos trabalhadores ou do próprios policiais para criminalizar o movimento) levou a morte de mais de 100 trabalhadores. Oito operários anarquistas foram condenados a morte e assim ficaram conhecidos com os “Mártires de Chicago” esse são Adofph Fischer, Michaeu Schwad, Louis Lingg, Oscar Neebe, Algust Spies, George Engel, Samuel Fieldem e Albert Parsons.
Por causa das políticas neoliberais e por parte dos últimos governos e com as novas propostas de “flexibilização” das relações de trabalho, os trabalhadores estão perdendo os direitos que conquistaram, estão não devemos de forma alguma apoiar festinha pagas com os dinheiros suados dos trabalhadores honestos que pagaram seu expostos em dia fazes fama para os políticos oportunistas que visão votos no próximo plebiscito.
No primeiro de maio devemos lutar pelas causa trabalhistas e reconquistar os nossos valeres trabalhistas para que sejamos remunerados justamente pelo nosso suor derramado nas manivelas que sustentam o capitalismo !!!

Pro: Lex Punk (A)